cultura arte e pesquisa

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pesquisa Cultura Afro-Brasileira para a Aula de Dança Afro.


Orixá Iansã.

Orixá Obá

Orixá Oxum

Orixá Xangô



Pesquisa Cultura Afro-Brasileira para a Aula de Dança Afro.
Professora: Tatiana Campêlo
Escola Didá.
Aluna Participante: Ana Cléia Neri Alves
Salvador 11 de Novembro de 2010.

OS ORIXÁS.
De acordo com a autora Buonfiglio (2004) existem várias definições a respeito dos Orixás. Segundo esta autora os Orixás são divindades que tem seu significado como: ori= cabeça e xá =força e são divindades entre Deus (Olorum) e o mundo terrestre. Em Passos (2008) quando se traduz este termo em Yorubá quer dizer “cabaça-cabeça, pois para os africanos a cabaça é o lugar onde se guarda,todas as substâncias sólidas, liquidas ou vegetais, com isso nasceu à compreensão do ori humano, a cabeça, onde seria o reservatório de toda a energia cosmológica que configura as deidades ou divindades chamadas orixás.
Os orixás representam a natureza nos elementos terra, água, fogo e ar. São caprichosas e amam, beneficiam ou curam de acordo com a natureza. Tem cores, danças, comidas e animais. Suas histórias falam de seres profundamente humanos. Alguns historiadores falam que os orixás existem na terra e esta teoria é defendida quando acontece a incorporação nos terreiros de candomblé.
Ninguém sabe ao certo quantos orixás existem, mas sabe-se que existem muitos partindo do princípio de que eles são tudo o que é vivo na natureza.
Para esta pesquisa foram escolhidos os Orixás Xangô, Iansã, Oxum e Obá.
O Orixá Xangô:
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são os raios e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. É tido como um Orixá poderoso das religiões afro-brasileiras.(BRANDI,2000).

Segundo Amaral e Silva (1992) Xangô é o Deus do fogo e do trovão trazido pelo Orixá Oxumaré.
Buonfiglio(2004) relata que Xangô é um Orixá viril, atrevido e extremamente justiceiro tem como sua mãe o Orixá Iemanjá e três esposas: Oxum,Iansã e Obá.A sua dança é o Alujá, a roda de Xangô. Conforme Amaral e Silva (1992) os seus toques no atabaque falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá. Em sua dança quando o ritmo acelera faz movimentos e gestos de atirar pedras-do-raio imaginárias, tiradas do labá, uma bolsa decorada que ele leva a tiracolo. Xangô dança brandindo seu machado, sua ferramenta chamada de Oxê,que significaca machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal.
Xangô representa a necessidade e a alegria de viver, a intensidade da vida, a beleza masculina, a paxão, a inteligência e as riquezas.
O Orixá Iansã
Buonfiglio(2004),Iansã também conhecida como Oyá tem seu nome por causa do Rio Oyá,nome original em Nagô.Deusa dos raios e dos trovões é a primeira entidade feminina a surgi nas cerimônias.De temperamento ardente é impetuosa e justiceira.De acordo com vários autores conta a lenda que durante o dia esse orixá se transforma em um búfalo portanto tem a natureza animal.
Considerada a primeira esposa de Xangô conta uma lenda que Xangô enviou-a a uma missão ao País da Bariba, a fim de trazer-lhe um preparo que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz.Oyá, desobedecendo as instruções do esposo experimentou esse preparo no caminho de volta a Oyó, tornando-se também capaz de cuspir fogo, o que provocou grande desgosto em Xangô que desejava guardar só para si, este terrível segredo.
Para Iansã, divindade dos raios e dos ventos, toca-se o agó, ilu, ou
aguerê de Iansã, termos que designan um mesmo ritmo que, de tão rápido,
repicado e dobrado, também é conhecido como "quebra-prato". é o mais rápido
ritmo do candomblé, correspondendo à personalidade agitada, contagiante e
sensual desta deusa guerreira, senhora dos ventos e que tem poder de afastar os
espíritos dos mortos (Amaral e Silva,1992).

De acordo com Barbará (1995) A dança de Iansã acontece com movimentos pequenos e rápidos, seus braços se movimentam para cima e para frente afastando tudo que vê pela frente,com esta movimentação gira seu corpo,pois simboliza o ar em movimento,os furacões e as tempestades.

Segundo Passos (2008) Oyá é o orixá do vermelho-marrom que simboliza a intensidade de sua paixão. De acordo aos seus mais conhecidos mitos, Oyá é pura paixão.

O Orixá Oxum

Gonçalves (2009) relata que Oxum é o Orixá considerada dona do ouro e habita as águas doces, é a filha predileta de Oxalá e a esposa desejeda de Xangô. Tem o poder da fertilidade e o ocultismo.
De acordo com as lendas, os Orixás se reuniam na terra para deliberarem suas
ações e as mulheres não podiam participar das reuniões.Portanto, Oxum tornou todas as outras
mulheres estéreis e impediu que as atividades planejadas pelos orixás chegassem a um resultado
satisfatório. Quando os orixás foram se queixar com Olodumare, ele questionou sobre a não
participação de Oxum nas reuniões. Segundo Olodumare, todas as atividades não poderiam dar certo
sem a presença da fertilidade de Oxum. Quando os orixás convidaram Oxum para participar dos seus
empreendimentos, todas as atividades foram realizadas com sucesso e as mulheres voltaram a ser
férteis. ( Gonçalves,2009,p.3).

A dança de Oxum

Para Oxum é tocado o ritmo do Ijexá. É um ritmo calmo, com balanceado que envolve e seduz assim como a personalidade de Oxum que representa as águas doces dos rios.Seus movimentos representam a vaidade ao olhar-se no espelho que carrega na mão e hora se movimenta banhando-se nas águas.Também requebra os quadris de forma sensual e graciosa, abana-se com o leque que carrega e balança suas pulseiras.Simula trejeitos faceiros de mulher sensual e languida que sabe que esta sendo observada, no entanto finge não estar vendo seu admirador.

Os mitos sobre ela falam tanto de beleza, riqueza e sensualidade quanto de sua incomparável inteligência e senso de humor.

O Orixá Obá

Segundo Buonfiglio(2004) Obá está associada a água doce como Oxum,mas está relacionada as águas mais revoltas.Como deusa guerreira assim como Iansã e Oxum foi também esposa de Xangô.De acordo com a lenda: Obá desejava ter Xangô mais perto de si e foi procurar Oxum para que ela pudesse lhe ajudar.Oxum mentiu para Obá dizendo que tinha cortado as orelhas e feito um ensopado pra enfeitiçar Xangô.Obá fez a mesma coisa,mas Xangô vendo as suas orelhas no prato ficou furioso com Obá expulsando-a de casa.

A dança de Obá

Nas cerimônias sua dança apresenta-se de forma marcial parecida com a do Orixá Ogum, empunhando uma espada de cobre enquanto leva na outra mão um escudo com o qual esconde a orelha que fora cortada por ela mesma.

É o Orixá que domina a paixão de forma doentia e obsessiva.


Referências Bibliográficas

BUONFIGLIO,MONICA. Orixás anjos da natureza: Um estudo sobre os deuses do candomblé.São Paulo:Ed. Monica Buonfiglio,2004.

PASSOS,MARLON MARCOS VIEIRA.Maria Bethânia: os mitos de um orixá nos ritos de uma estrela.2008,158 f. (dissertação de mestrado).Universidade Federal da Bahia,Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.

GONÇALVES, KARY JEAN FALCÃO. Oxum mãe da beleza: O poder da divindade de maior popularidade do Panteão Afro-Brasileiro.Saber Científico. Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2 (1): 1-14,jan./jun. 2009.

BARBARÁ, ROSAMARIA SUSSANA. A dança do vento. Disponível em http://www.caribenet.info/oltre_barbara_dan%C3%A7a_sagrada_vento.asp?l.Acesso em 11/10/2010.

ORIXÁS. Disponível em http://casadesaolazaro.blogspot.com/2010_03_01_archive.html .Acesso em 10/11/2010 às 15horas.

XANGÔ. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Xang%C3%B4.Acesso em 10/11/2010,às 17 e 35hs.

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