cultura arte e pesquisa

cultura arte e pesquisa

terça-feira, 30 de novembro de 2010

OFICINA DESLOCO-Dia 30/11/2010

O Chão e meu Corpo

O chão duro, preto, quase limpo me fez perceber meu corpo, partes moles, partes doloridas, machucadas pelos erros de exercícios mal conduzidos durante minha vida de atividades com a dança.O quanto a técnica de Feldenkrais me dá um bem estar, o quanto me faz perceber minhas partes duras e moles,meus músculos, minhas articulações,as coisas boas que estão aqui comigo e o que eu posso fazer com elas.

Escrita proposta por Ana Pi após as experimentações de Feldenkrais e movimentações livres do corpo.

Texto e Fotos de Cléia Alves



sábado, 27 de novembro de 2010

OFICINA DESLOCO-Dia 25/11/2010

Ruas, pessoas, lugares,coisas, cores, sons.Tudo muito importante e meu corpo está preparado para isto.Andar na rua, ver as pessoas, ver as coisas, ver lugares que ainda não tinha percebido.A sensação foi muito boa, me causou um bem estar.
Que bom ser essa pessoa que me tornei agora, uma mulher que sabe o que quer, ou seja que sabe e gosta de fazer arte.
Os caminhos que Ana Pi nos propôs para a busca do olhar através da câmera foram muito interessantes.Todos os trajetos, os primeiros passos,os ensaios para saber como fazer a captura das imagens me foram muito proveitosos.
Os caminhos para a vídeodança e as suas muitas possibilidades, muito bom!

Texto e Fotos: Cléia Alves




Visualização

FICINA DESLOCO-Dia 24/11/2010

Recorte,relevo,reflexo/sombra/cor.

Meu corpo
Sinto o chão
Sinto o cheiro
Vejo as cores
Vejo as sombras
Ouço o som
Ouço meu ritmo
Tudo está aqui
Só preciso saber quando, onde e por que?

Texto e Fotos: Cléia Alves




OFICINA DESLOCO -Dia 23/11/2010

Meu Corpo

Sentir meu corpo, onde estou, o que sinto, o que vejo.
Sinto que cada vez me conheço mais.
Na sala,o cheiro, as texturas, o outro corpo. Tudo pode ser aproveitado e deve ser utilizado para o amadurecimento do olhar.
O movimento interno, meu coração, meus pulmões,meus orgãos, tudo tem um ritmo.Percebo minha respiração e minha pele que tudo sente.
Sinto que a dança acontece quando quero, no seu tempo, no seu ritmo.
O registro, a foto, o vídeo, tudo quero... mas deve esperar o momento certo? Não sei, vou fazendo.
As indicações, as experiências, o compartilhar do outro, muitas possibilidades, tudo reverbera em meus conhecimentos.
Que bom que isto esta acontecendo.Estou feliz,aqui,agora.

Texto: Cléia Alves após os exercícios de Feldenkrais e as propostas para a vídeodança de Ana Pi.

FOTO CLÉIA ALVES

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Performance Botar Aflição nas Pedras. from Cléia Alves on Vimeo.

OFICINA DESLOCO

A dança e a imagem apontam ao longo da história uma relação entrelaçada e geradora de distintos entendimentos. O objetivo desta oficina é estudar estes possíveis diálogos a partir das três questões que nortearam Ana Pi durante a residência artística "desloco em corpo e imagens", projeto realizado na formação EX.E.R.CE do Centre Chorégraphique National de Montpellier, sendo elas:


Quando a dança parte das imagens?
Quando as imagens cotidianas dançam?
Quando dança e imagem se entrelaçam?


Direcionada a um publico de 15 artistas, este encontro será permeado de exercícios do método feldenkrais, comédia musical, cinema, deriva, documentação, entre outras confluências artísticas potencializadoras desta discussão.

*atividade de contrapartida deste projeto.
Quando?
23, 24, 25 de novembro e
30, 01, 02 de dezembro,
das 14hs às 18hs.




Onde?
Escola de Dança da FUNCEB – Rua da Oração, nº1, Terreiro de Jesus, Pelourinho,Salvador-Bahia/Brasil


Informações? anazpi@gmail.com
Texto: Ana Pi.



Vídeo realizado como exercício por Cléia Alves dentro da Oficina Desloco nos dias 24 e 25 de novembro e 2010 na Sala multimídia da Escola de Dança Funceb.

domingo, 21 de novembro de 2010

OFICINA CORPO EXPANDIDO






Corpo Expandido: movimento e linguagem comunicacional audiovisual interativa.
Konic Thtr
Escola de Dança da FUNCEB - 03, 04 e 05/11 - 15:30h às 19h
A oficina propos um processo de formação e criação através de uma atividade teórico-prática combinando performance e tecnologia audiovisual interativa.
Para isso, foram analisados modelos de trabalhos de arte existentes, projetos e dispositivos produzidos pelo Konic Thtr de forma a compreender a importância
da linguagem tecnológica aplicada a criação contemporânea. A prática foi baseada no software Max/MSP/Jitter com sensores e câmara de vídeo.
A oficina fez parte da programação do III Seminário Internacional de Poéticas Tecnológicas sobre dança, teatro e performance.

Fotos Sarah Ferreira e Cléia Alves.

OFICINA KONIC THTR DE BARCELONA.

OFICINA KONIC THTR. from Cléia Alves on Vimeo.

Pedra Azul

Pedra Azul from Hugo Silva on Vimeo.

Manoel de Barros




1.
Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:

a) Que o esplendor da manhã não se abre com faca
b) O modo como as violetas preparam o dia para morrer
c) Por que é que as borboletas de tarjas vermelhas têm devoção por túmulos
d) Se o homem que toca de tarde sua existência num fagote, tem salvação
e) Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega mais ternura que um rio que flui entre 2 lagartos
f) Como pegar na voz de um peixe
g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.
etc.
etc.
etc.
Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.

2.
Desinventar objetos. O pente, por exemplo.
Dar ao pente funções de não pentear. Até que
ele fique à disposição de ser uma begônia. Ou
uma gravanha.

Usar algumas palavras que ainda não tenham
idioma.

3.
Repetir repetir – até ficar diferente.
Repetir é um dom do estilo.

4.
No Tratado das Grandezas do Ínfimo estava
escrito:
Poesia é quando a tarde está competente para
dálias.
É quando
Ao lado de um pardal o dia dorme antes.
Quando o homem faz sua primeira lagartixa.
É quando um trevo assume a noite
E um sapo engole as auroras.

5.
Formigas carregadeiras entram em casa de bunda.

6.
As coisas que não têm nome são mais pronunciadas
por crianças.

7.
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos –
O verbo tem que pegar delírio.

8.
Um girassol se apropriou de Deus: foi em
Van Gogh.

9.
Para entrar em estado de árvore é preciso
partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer
em nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até
o mato sair na voz .

Hoje eu desenho o cheiro das árvores.

10.
Não tem altura o silêncio das pedras.

11.
Adoecer de nós a Natureza:
– Botar aflição nas pedras
(Como fez Rodin).

12.
Pegar no espaço contigüidades verbais é o
mesmo que pegar mosca no hospício para dar
banho nelas.
Essa é uma prática sem dor.
É como estar amanhecido a pássaros.

Qualquer defeito vegetal de um pássaro pode
modificar os seus gorjeios.

13.
As coisas não querem mais ser vistas por
pessoas razoáveis:
Elas desejam ser olhadas de azul –
Que nem uma criança que você olha de ave.

14.
Poesia é voar fora da asa.

15.
Aos blocos semânticos dar equilíbrio. Onde o
abstrato entre, amarre com arame. Ao lado de
um primal deixe um termo erudito. Aplique na
aridez intumescências. Encoste um cago ao
sublime. E no solene um pênis sujo.

16.
Entra um chamejamento de luxúria em mim:
Ela há de se deitar sobre meu corpo em toda
a espessura de sua boca!
Agora estou varado de entremências.
(Sou pervertido pelas castidades? Santificado
pelas imundícias?)

Há certas frases que se iluminam pelo opaco.

17.
Em casa de caramujo até o sol encarde.

18.
As coisas da terra lhe davam gala.
Se batesse um azul no horizonte seu olho
entoasse.
Todos lhe ensinavam para inútil
Aves faziam bosta nos seus cabelos.

19.
O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa
era a imagem de um vidro mole que fazia uma
volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta
que o rio faz por trás de sua casa se chama
enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro
que fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.

20.
Lembro um menino repetindo as tardes naquele
quintal.

21.
Ocupo muito de mim com o meu desconhecer.
Sou um sujeito letrado em dicionários.
Não tenho que 100 palavras.
Pelo menos uma vez por dia me vou no Morais
ou no Viterbo –
A fim de consertar a minha ignorãça,
mas só acrescenta.
Despesas para minha erudição tiro nos almanaques:
– Ser ou não ser, eis a questão.
Ou na porta dos cemitérios:
– Lembra que és pó e que ao pó tu voltarás.
Ou no verso das folhinhas:
– Conhece-te a ti mesmo.
Ou na boca do povinho:
– Coisa que não acaba no mundo é gente besta
e pau seco.
Etc.
Etc.
Etc.

Maior que o infinito é a encomenda.


Fonte: Moriconi, I. 2001. Os cem melhores poemas brasileiros do século. RJ, Objetiva. Poema originalmente publicado em 1993.
Pesquisa dos Estudos Afro-Brasileiros para a Aula de Dança Afro.
Professora: Tatiana Campêlo
Escola Didá.
Aluna Participante: Ana Cléia Neri Alves
Salvador 11 de Novembro de 2010.


A Importância das fontes de Pesquisa.
Sobre a pesquisa dos Orixás.


A pesquisa sobre os orixás Xangô, Iansã, Oxum e Obá foi escolhida por mim, pois lembrei que há um tempo tinha produzido um trabalho de dança afro-brasileira para o Festival da Canção de Itacoatiara, município do Amazonas, no ano de 1993.
Este foi um trabalho coreográfico idealizado por mim e pelo Mestre KK Bonates, mestre do grupo de capoeira Cativeiro do Amazonas.
Há um tempo tínhamos a idéia de produzir em parceria um trabalho que falasse da mitologia africana, então surgiu o convite para participar da programação deste evento.
A pesquisa durou uns dois meses antes de realmente começarmos a coreografar as cenas. Primeiro buscamos registros bibliográficos que falasse dos Orixás, depois de algumas pesquisas sobre as lendas, escolhemos a lenda de Xangô e suas esposas e nome ficou “Xangô e suas Iabás”, baseado na literatura africana, buscamos falar um pouco da relação amorosa destas entidades.
Durante o processo de montagem buscamos investigar também em vídeos, revistas e até novelas que na época passavam na TV, também buscamos relatos de freqüentadores de candomblé bem como os filhos de santo, mas não era fácil conseguir as informações, pois os entrevistados eram receosos em falar a respeito. Nossa intenção era saber como era a dança destes orixás para que a nossa movimentação não fugisse do que eles representavam.
Procuramos também percussionistas para enriquecer o trabalho com som ao vivo. Queríamos músicos que entendessem do trabalho e para nossa sorte conhecemos um ogã que foi muito proveitoso, porque este rapaz forneceu detalhes para completar a nossa movimentação.
Definido o elenco partimos para dividir as cenas, mas para nossa surpresa o bailarino que estava não pode mais participar devido aos seus outros compromissos de trabalho, ficamos com o elenco desfalcado e logo procuramos um substituto. O tempo tava passando e o não conseguíamos um rapaz então conversamos e resolvemos que eu faria o papel de Xangô, não era o que nós tínhamos planejado, mas o trabalho seguiu em frente. Nesta época em Manaus a dança afro não era muito procurada e o preconceito era mais forte em relação a essas danças.
Falei tudo isso porque me lembro das dificuldades de pesquisar material bibliográfico, vídeos, músicas e um pouco da resistência e do preconceito em relação às danças de matrizes negras durante todo o processo de trabalho.
Este trabalho foi muito rico apesar da falta de material e hoje pesquisando novamente sobre este tema vejo o quanto está mais acessível às fontes. Hoje temos a facilidade da internet e as variadas fontes como livros digitais, vídeos em youtube, artigos, revistas eletrônicas, dissertações e teses. Também podemos encontrar nas bibliotecas material impressos como livros, revista e periódicos com o tema a respeito das danças afro e a cultura brasileira como um todo.
Há uma variada fonte para os estudos das danças de matrizes negras para aquele que se interessa em aprofundar conhecimentos. No entanto ainda é preciso que mais professores, pesquisadores, profissionais e alunos produzam mais materiais seja eles impressos ou eletrônicos porque a pesquisa e a sua produção nunca parará,ela é uma roda que não para de girar porque pesquisamos para poder escrever e expor nossas idéias que posteriormente irá servir para mais outros e assim a cultura é passada e o ciclo e a roda segue sempre.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pesquisa Cultura Afro-Brasileira para a Aula de Dança Afro.


Orixá Iansã.

Orixá Obá

Orixá Oxum

Orixá Xangô



Pesquisa Cultura Afro-Brasileira para a Aula de Dança Afro.
Professora: Tatiana Campêlo
Escola Didá.
Aluna Participante: Ana Cléia Neri Alves
Salvador 11 de Novembro de 2010.

OS ORIXÁS.
De acordo com a autora Buonfiglio (2004) existem várias definições a respeito dos Orixás. Segundo esta autora os Orixás são divindades que tem seu significado como: ori= cabeça e xá =força e são divindades entre Deus (Olorum) e o mundo terrestre. Em Passos (2008) quando se traduz este termo em Yorubá quer dizer “cabaça-cabeça, pois para os africanos a cabaça é o lugar onde se guarda,todas as substâncias sólidas, liquidas ou vegetais, com isso nasceu à compreensão do ori humano, a cabeça, onde seria o reservatório de toda a energia cosmológica que configura as deidades ou divindades chamadas orixás.
Os orixás representam a natureza nos elementos terra, água, fogo e ar. São caprichosas e amam, beneficiam ou curam de acordo com a natureza. Tem cores, danças, comidas e animais. Suas histórias falam de seres profundamente humanos. Alguns historiadores falam que os orixás existem na terra e esta teoria é defendida quando acontece a incorporação nos terreiros de candomblé.
Ninguém sabe ao certo quantos orixás existem, mas sabe-se que existem muitos partindo do princípio de que eles são tudo o que é vivo na natureza.
Para esta pesquisa foram escolhidos os Orixás Xangô, Iansã, Oxum e Obá.
O Orixá Xangô:
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são os raios e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. É tido como um Orixá poderoso das religiões afro-brasileiras.(BRANDI,2000).

Segundo Amaral e Silva (1992) Xangô é o Deus do fogo e do trovão trazido pelo Orixá Oxumaré.
Buonfiglio(2004) relata que Xangô é um Orixá viril, atrevido e extremamente justiceiro tem como sua mãe o Orixá Iemanjá e três esposas: Oxum,Iansã e Obá.A sua dança é o Alujá, a roda de Xangô. Conforme Amaral e Silva (1992) os seus toques no atabaque falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá. Em sua dança quando o ritmo acelera faz movimentos e gestos de atirar pedras-do-raio imaginárias, tiradas do labá, uma bolsa decorada que ele leva a tiracolo. Xangô dança brandindo seu machado, sua ferramenta chamada de Oxê,que significaca machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal.
Xangô representa a necessidade e a alegria de viver, a intensidade da vida, a beleza masculina, a paxão, a inteligência e as riquezas.
O Orixá Iansã
Buonfiglio(2004),Iansã também conhecida como Oyá tem seu nome por causa do Rio Oyá,nome original em Nagô.Deusa dos raios e dos trovões é a primeira entidade feminina a surgi nas cerimônias.De temperamento ardente é impetuosa e justiceira.De acordo com vários autores conta a lenda que durante o dia esse orixá se transforma em um búfalo portanto tem a natureza animal.
Considerada a primeira esposa de Xangô conta uma lenda que Xangô enviou-a a uma missão ao País da Bariba, a fim de trazer-lhe um preparo que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz.Oyá, desobedecendo as instruções do esposo experimentou esse preparo no caminho de volta a Oyó, tornando-se também capaz de cuspir fogo, o que provocou grande desgosto em Xangô que desejava guardar só para si, este terrível segredo.
Para Iansã, divindade dos raios e dos ventos, toca-se o agó, ilu, ou
aguerê de Iansã, termos que designan um mesmo ritmo que, de tão rápido,
repicado e dobrado, também é conhecido como "quebra-prato". é o mais rápido
ritmo do candomblé, correspondendo à personalidade agitada, contagiante e
sensual desta deusa guerreira, senhora dos ventos e que tem poder de afastar os
espíritos dos mortos (Amaral e Silva,1992).

De acordo com Barbará (1995) A dança de Iansã acontece com movimentos pequenos e rápidos, seus braços se movimentam para cima e para frente afastando tudo que vê pela frente,com esta movimentação gira seu corpo,pois simboliza o ar em movimento,os furacões e as tempestades.

Segundo Passos (2008) Oyá é o orixá do vermelho-marrom que simboliza a intensidade de sua paixão. De acordo aos seus mais conhecidos mitos, Oyá é pura paixão.

O Orixá Oxum

Gonçalves (2009) relata que Oxum é o Orixá considerada dona do ouro e habita as águas doces, é a filha predileta de Oxalá e a esposa desejeda de Xangô. Tem o poder da fertilidade e o ocultismo.
De acordo com as lendas, os Orixás se reuniam na terra para deliberarem suas
ações e as mulheres não podiam participar das reuniões.Portanto, Oxum tornou todas as outras
mulheres estéreis e impediu que as atividades planejadas pelos orixás chegassem a um resultado
satisfatório. Quando os orixás foram se queixar com Olodumare, ele questionou sobre a não
participação de Oxum nas reuniões. Segundo Olodumare, todas as atividades não poderiam dar certo
sem a presença da fertilidade de Oxum. Quando os orixás convidaram Oxum para participar dos seus
empreendimentos, todas as atividades foram realizadas com sucesso e as mulheres voltaram a ser
férteis. ( Gonçalves,2009,p.3).

A dança de Oxum

Para Oxum é tocado o ritmo do Ijexá. É um ritmo calmo, com balanceado que envolve e seduz assim como a personalidade de Oxum que representa as águas doces dos rios.Seus movimentos representam a vaidade ao olhar-se no espelho que carrega na mão e hora se movimenta banhando-se nas águas.Também requebra os quadris de forma sensual e graciosa, abana-se com o leque que carrega e balança suas pulseiras.Simula trejeitos faceiros de mulher sensual e languida que sabe que esta sendo observada, no entanto finge não estar vendo seu admirador.

Os mitos sobre ela falam tanto de beleza, riqueza e sensualidade quanto de sua incomparável inteligência e senso de humor.

O Orixá Obá

Segundo Buonfiglio(2004) Obá está associada a água doce como Oxum,mas está relacionada as águas mais revoltas.Como deusa guerreira assim como Iansã e Oxum foi também esposa de Xangô.De acordo com a lenda: Obá desejava ter Xangô mais perto de si e foi procurar Oxum para que ela pudesse lhe ajudar.Oxum mentiu para Obá dizendo que tinha cortado as orelhas e feito um ensopado pra enfeitiçar Xangô.Obá fez a mesma coisa,mas Xangô vendo as suas orelhas no prato ficou furioso com Obá expulsando-a de casa.

A dança de Obá

Nas cerimônias sua dança apresenta-se de forma marcial parecida com a do Orixá Ogum, empunhando uma espada de cobre enquanto leva na outra mão um escudo com o qual esconde a orelha que fora cortada por ela mesma.

É o Orixá que domina a paixão de forma doentia e obsessiva.


Referências Bibliográficas

BUONFIGLIO,MONICA. Orixás anjos da natureza: Um estudo sobre os deuses do candomblé.São Paulo:Ed. Monica Buonfiglio,2004.

PASSOS,MARLON MARCOS VIEIRA.Maria Bethânia: os mitos de um orixá nos ritos de uma estrela.2008,158 f. (dissertação de mestrado).Universidade Federal da Bahia,Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.

GONÇALVES, KARY JEAN FALCÃO. Oxum mãe da beleza: O poder da divindade de maior popularidade do Panteão Afro-Brasileiro.Saber Científico. Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2 (1): 1-14,jan./jun. 2009.

BARBARÁ, ROSAMARIA SUSSANA. A dança do vento. Disponível em http://www.caribenet.info/oltre_barbara_dan%C3%A7a_sagrada_vento.asp?l.Acesso em 11/10/2010.

ORIXÁS. Disponível em http://casadesaolazaro.blogspot.com/2010_03_01_archive.html .Acesso em 10/11/2010 às 15horas.

XANGÔ. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Xang%C3%B4.Acesso em 10/11/2010,às 17 e 35hs.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ENCERRAMENTO WOKSHOP CONTATO SUTIL




Encerramento do Worskhop Contato Sutil no Cabana da Barra,com a participação dos grupos do Programa de Acolhimento Especial e grupos convidados.Realizado no dia 16 de novembro de 2010 em Salvador-Bahia/Brasil.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

WORKSHOP CONTATO SUTIL

Workshop Contato Sutil, processso criativo em dança e arteterapia - toda as terça-feira das 14h as 17h,nos meses de agosto,setembro,outubro e novembro. Parceria com a Marinha.Atividades realizadas no dia 09 de novembro de 2010.
Coordenação artística Edu Oliveira, monitoria Diane Portela e Cléia Alves