cultura arte e pesquisa

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terça-feira, 27 de março de 2012

BREVES COMENTÁRIOS DO BREVE CENA E O TEATRO ORIENTAL DE PEDRO GABRIEL TORRES


Ao abrir as cortinas do Teatro Amazonas, um palco enorme e vazio com uma luz branca, mas logo entram dois personagens de preto onde um se apresenta falando em inglês o que causa risadas no público. Isto aconteceu no dia  25 de março no encerramento do Festival Breves Cenas 4ª edição patrocinado  pela Caixa Econômica  Federal e Governo do Estado do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Cultura-SEC

Estamos falando da King Company  de teatro de São José do Rio Preto -SP que trouxe “Kabukiza” como tônica o teatro kabuki.

A esquete encenada por Pedro Gabriel Torres e a convite do festival a belíssima participação do mestre de capoeira do Grupo Matumbé, KK Bonates tocando berimbau,  encenaram  Kabukiza  que segundo Pedro Gabriel é o resultado de pelo menos dois anos de um processo de pesquisa  em vídeos e leitura de livros com esta temática, onde todo o material encontrado estava  em inglês.

Em conversar pelos bastidores e em passeios pela cidade de Manaus após o festival , tive a oportunidade de saber mais um pouco sobre o processo de criação de Pedro  onde fala sobre a sua proposta e objetivo da esquete  que é a comunicação do seu Kabukiza.

Falar de um tema tão distante de sua realidade, pois nunca viajou para o Japão sempre lhe causou interesse e curiosidade. A  vontade de falar desta cultura de  forma cosmopolita e antropofágica  foi mais forte e o ator foi para a cena. A intenção do trabalho não era ser uma esquete com humor, no entanto as risadas são inevitáveis. Pedro conta que ao estrear o trabalho em São Paulo estava tão tenso e preocupado e ao entrar e falar “good evening” o público começou a rir e assim pensou: “eles estão entendendo o que eu digo”.

A  sonoridade do berimbau de Mestre KK Bonates  nos transporta para um universo em que os continentes se unem e mesmo em inglês  o objetivo do trabalho que é a comunição, acontece.

O Festival Breves Cenas  é um festival com um formato com cenas curtas de no mínimo 4 minutos e no máximo 15 minutos e esta caminhando com erros e acertos com o objetivo de  promover e favorecer a multiplicidade de diálogos  com oficinas,seminários e debates.






Como público percebo que os debates devam fortalecer o fazer artístico com liberdade de escolha naquilo que se quer comunicar. Quanto à premiação acredito que este caráter competitivo não contribui para o fortalecimento da arte de interpretar.Dessa forma quem ganha  é o público e os artistas e o diálogo acontece de forma múltipla.

Cléia Alves

Professora de dança, coreógrafa,bailarina e produtora cultura

ENSAIOS DE KABUKIZA

ENSAIOS DE KABUKIZA

ENSAIOS DE KABUKIZA

GRUPOS NO ENCERRAMENTO NO DIA 25 DE MARÇO.

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