cultura arte e pesquisa

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SOBRE A VISITA AO MUSEU RODIN BAHIA NO DIA 01 DE OUTUBRO DE 2010.


O Museu Rodin situado no Palacete das Artes em Salvador nos remete a um lugar de pura inspiração artística e poética.
Ao visitar a casa de Rodin em Paris, pude observar que o para a elaboração de sua exposição em Salvador houve uma preocupação para que os visitantes pudessem sentir ,assim como eu, a mesma atmosfera poética e inspiradora em Paris.
Minha segunda visita ao local foi estimulada pelos colegas e professores da disciplina Questões de Artes Cênicas, pois a visita foi uma aula da disciplina da qual não pude participar com os colegas e professores.
Ao chegar ao local tentei buscar meu olhar para coisas que na minha primeira visita não pude perceber. Observei mais detalhadamente os espaços em que as esculturas eram expostas, os cantos, os corredores, as caixas de acrílico, a iluminação, os bancos e tudo que pudesse valorizar e contemplar a obra através do espaço,tentando com isso encontrar mais detalhes para estimular o meu pensar e fazer artístico. Atentei para as observações relatadas pelos colegas na sala de aula e os professores Lucia Lobato e Sarja, sobre as obras: O Homem que Anda e Mulheres Condenadas, onde falavam da filosofia, da poética, do movimento e do processo inacabado das obras de Rodin.
Percebi que Rodin fazia um estudo de cada obra. Ele procurava explorá-las de várias formas e ângulos. Uma escultura de um corpo que era elaborada de frente, ele fazia ela de lado, de costa, com uma cabeça diferente, com uma parte de outra pessoa.
O que me chama a atenção nas esculturas de Rodin é esta exploração de uma peça inacabada e eu como uma artista que busca estar sempre experimentando, procuro fazer de minhas pesquisas em vídeo arte e vídeodança um estudo inacabado, onde através de uma imagem gravada em vídeo ou uma fotografia, experimentando variadas formas, crio e proponho um olhar diferenciado para a mesma imagem.
Acredito que o papel do artista seja o de estar em sintonia e em harmonia com a natureza e com o que esta acontecendo a sua volta, utilizando este olhar mais detalhista para o seu fazer artístico
A visita ao museu e os trabalhos que fiz anteriores a visita e que me estimularam para compor e criar estudos em vídeo, dança e fotografia ainda reverberam no meu pensar filosófico da vida e principalmente artístico. Isto só afirma o quanto é importante procurar observar nas coisas que parecem ser tão simples como o que talvez levou Rodin a observar O homem que anda e através disso criar um obra fantástica e que através do tempos ainda nos leva a um mundo de possibilidades artísticas e poéticas.


Cléia Alves
Estudante da disciplina Questões das Artes Cência -PPGAC-UFBA

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